7 de Maio de 1824, Teatro Karthnerthor, Corte Imperial de Viena. Doze anos após a estréia da “Oitava Sinfonia” e nove depois da sua última aparição nos palcos, afastado por doenças várias, Ludwig van Beethoven não só compareceu, como virou as páginas da partitura e indicou o tempo durante a primeira apresentação ao Mundo da sua “Nona Sinfonia, em Ré menor”, conhecida posteriormente como “Coral”. A estréia deu-se perante um público composto por nobres e aristocaratas. Ninguém quis perder a apresentação desta obra, naquela que foi a última aparição pública do compositor. Nesta ocasião particular, o maestro subiu ao estrado de costas para o público. Quando a sinfonia chegou ao fim, o teatro explodiu em aplausos. Mas o gênio não se apercebia. Foi preciso que uma das solistas levantasse o braço e o fizesse virar-se para a audiência, que lhe prestou homenagem de pé. Uma imagem profundamente comovente, testemunhada por todos os presentes. Aos 54 anos de idade e completamente surdo, Beethoven conseguira criar a sua obra mais grandiosa.
Alegria, bela centelha divina,
Filha de Eliseu,
Entramos, embriagados pelo fogo
De seu santuário sagrado.
A sua magia une novamente
O que os costumes distanciaram.
Todos os homens se tornam irmãos
Com o toque das suas gentis asas.
O que tem a sorte
De ser amigo de um amigo,
O que conquistou uma boa esposa,
Que junte com o nosso o seu júbilo.
Sim, mesmo aqueles que possuem uma só alma
Para chamar sua.
E aquele que não tiver nenhuma, que se afaste,
Em pranto, da nossa companhia.
Todas as criaturas bebem a alegria
Do seio da Natureza
Pois cada ser, bondoso ou mal,
Segue o seu trilho.
A alegria beija-nos e dá-nos o vinho,
É uma amiga fiel até o fim.
Até mesmo o pior verme cai em êxtase
E o querubim se apresenta a Deus.
Enquanto o sol atravessa
O seu magnífico caminho celestial,
Corram radiantes, irmãos, ao seu encontro,
Alegremente, como heróis vitoriosos.
Deixem-me abraçá-los, milhões!
Este beijo é para o mundo inteiro.
Irmãos, no firmamento estrelado
Habita com ceteza um Pai carinhoso.
Ajoelhai-vos, ó milhões?
Reconheces o teu Criador, mundo?
Porcurem por ele no céu estrelado,
Pois Ele vive por cima das estrelas.
Não deixe de assistir ao filme "Minha Amada Imortal", de Dan Rae.
Um comentário:
Sempre tive curiosidade pra saber o que diz a letra do coral da nona sinfonia! Vlw!!!!!
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