3.10.06

Sir Isaac Newton: Homem de Fé

Sir Isaac Newton tinha um amigo que, como ele, era um grande cientista. A grande diferença era que este amigo era ateu, enquanto Newton era um dedicado e devoto crente. Embora sempre travassem batalhas acerca da existência e natureza de Deus, o mútuo interesse deles pela ciência os aproximava. Newton fez com que um mecânico muito habilidoso lhe fabricasse uma miniatura réplica do nosso sistema solar. No centro estava uma grande bola folheada a ouro, representando o sol; girando ao redor dela, fixadas nas pontas de braços de vários comprimentos, estavam bolinhas menores, representando Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter e Saturno, na ordem e nas distâncias apropriadas. Todas as bolas eram de tal forma ligadas entre si, através de complexos mecanismos de engrenagens e de correias, que se moviam em perfeita harmonia ao se girar uma manivela. Um dia, estando Newton lendo em seu estúdio, com seu mecanismo sobre uma grande mesa perto de si, seu amigo entrou. Ele era cientista bastante para reconhecer, num relance, o que estava diante dele. Apressando-se para lá, lentamente girou a manivela e, com indisfarçável admiração, viu todos os corpos celestiais se moverem em suas apropriadas órbitas e velocidades relativas. Afastando-se uns poucos metros, exclamou: “Wow! Quem fez essa coisa, tão maravilhosa?”

Sem levantar os olhos de seu livro, Newton respondeu: "Ninguém!" Rapidamente, voltando-se para Newton, o ateu disse: "Evidentemente, você não entendeu minha pergunta. Eu perguntei: quem fez este maravilhoso mecanismo?” Levantando os olhos, Newton solenemente lhe assegurou que ninguém o tinha feito, mas que apenas tinha acontecido que, por acaso, a matéria (que o ateu tão fortemente admirava) tinha se agregado na forma do mecanismo. A isto, o atônito ateu replicou com certa raiva: “Você deve pensar que sou louco! Claro que alguém fez isto, ele é um gênio, e eu gostaria de saber quem é ele”.

Deixando seu livro de lado, Newton disse: ”Este mecanismo não é senão uma ínfima imitação de um sistema muito mais grandioso, cujas leis você conhece. Ora, eu não sou capaz de convencê-lo de que este mero brinquedo existe sem um projetista e fabricador; ainda assim, você professa crer que o maravilhoso original (do qual eu grosseiramente copiei e imitei um aspecto do projeto) veio a existir sem ter projetista e sem ter fabricador! Agora, diga-me, por qual tipo de raciocínio você chega a uma conclusão tão absurda?”